Do Amor
Lembro com nostalgia e carinho nosso passado. Nossa história representa pra mim o conto de fadas tão sonhado na adolescência e na infância. Degusto a lembrança do chocolate, da flor, do violão, da literatura e da conversa que me cativaram, me conquistaram, me apaixonaram, me tiraram do eixo. Mas as borboletas partiraram uma a uma carimbando cada carta de amor. A flor do namoro secou, murchou. Coloriu dias que se foram e não voltarão. Enterrou consigo a paixão. Afinal doces lembranças não alimentam o presente nem saciam o paladar. Este precisa de renovo todos os dias.
Por isso é com igual satisfação que vislumbro nosso futuro e desembrulho nosso presente. É o cuidado cotidiano - a carona pro trabalho, a louça lavada, o jantar à mesa - temperado com carinho, vídeo game, filme, culinária, viagens e conversa que me faz amá-lo perenemente.
A mesma flor que secou e murchou, fertilizou a terra. Coloriu dias que se foram e não voltarão porque outras cores decoram nossas vidas. Enterrou consigo a paixão para dar espaço a algo de essência duradoura. É por isso que hoje eu posso dizer sobriamente, sem borboletas no estômago:
Eu te amo até que a morte nos separe.
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Parabéns pelos seus 29 anos e para nós e nossos 7 anos.
Comentários
Obrigada, Dê, pelo carinho que você nunca pirangou!
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:)