Gravida radical
Subi lentamente nas pedras. Cheguei perto da beirada para avaliar a distância das pedras, quão longe eu deveria pular, se não havia risco de alguma onda me empurrar contra a rocha, etc. Senti medo, muito medo. Mas Mikaël e Mel já haviam pulado e tinham sobrevivido, por que não eu? Além do mais, racionalmente, tudo parecia seguro, dada a circunstância. Afinal, seguro mesmo é não sair da cama. E incrível como não conhecemos o próprio corpo. Passamos uma vida inteira sem usa-lo como poderíamos e temos a impressão de não sermos capazes de fazer as coisas mais simples, às vezes. Vendo o vídeo, percebo o pânico nos meus olhos. Os meninos me incentivavam. Eu queria muito pular! Deixo claro que a iniciativa foi minha, eles insistiram uma vez que eu estava na beira da pedra, hesitando a pular. Mikaël pressionava: "Posso parar de filmar?" Ao que eu respondia firme: "Não!" Mel decidiu pular comigo pra me encorajar. Contou até 3 e... pulou sozinha. Não consegui. Mas desde...