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Mostrando postagens de 2016

Relato de parto - parte I - A espera

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Quase 9 horas da manhã e a casa dorme, mas não por muito tempo. Esther faz uns sonzinhos gostosos do meu lado. Começo esse relato de parto com a certeza de que terei que terminar em outro momento e sem saber quando esse momento chegará. E isso me trava. Não sei por onde começar. A data prevista pro parto de Esther era 16 de novembro. No dia 9 tive as primeiras contrações de treinamento (a barriga fica bem rígida, mas não se sente dor). Depois não tive mais nada até a noite do dia 16, quando comecei a sentir cólicas irregulares e fracas. Fui dormir achando que seria no dia seguinte, mas… acordei sem sentir mais nada além de frustração. Mas enchemos a piscina cheios de expectativa. Às 10h30 do dia 20 a bolsa estourou. Era uma domingo e eu quase tinha ido à igreja. Imagina que vexame. Uma das enfermeiras veio em casa me examinar. Estava tudo certinho. Líquido claro, Esther com os batimentos como deviam, cabeça encaixada. Passei o dia com cólicas. À noite, dormi entre contrações doloro

3 anos de Elias - meus votos

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Oi, Elias. Hoje eu queria te fazer um poema. Ou uma música. Mas nem bolo eu vou fazer. E o melhor é que eu não preciso fazer muito pra te deixar satisfeito. Você me faz sentir a melhor mãe do mundo, apesar do meu medo de falhar. Hoje você completa 3 anos. Eu acho tudo em você perfeitinho, até seu dente quebrado, suas sobrancelhas levantadas e seus ossinhos aparentes que não deixam perceber quão comilão você é. Nesse momento da sua vida, você curte carros, Lego, Minecraft, andar de bicicleta, contar histórias e ver desenho. Você gosta de comer frutas, queijo, bolacha com maionese e rosquinhas. Você gosta de outras coisas também, claro, mas acho que essas resumem bem seus gostos atuais. Você se interessa muito por números, letras, línguas (francês e inglês), astronomia. Quase tudo o que você pega vira um foguete pra viajar pra lua, Marte, Júpiter. Você está obstinado em aprender a usar a tesoura, adora cozinhar comigo e vai ao banheiro praticamente sozinho. Você está na famosa

It's a girl!

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Segunda gravidez. Dessa vez, por já estar preparada, estava mais tolerante com os pequenos comentários que tanto tinham me chateado na gestação de Elias. Passei até a considerar alguns dos meus incômodos fruto de impaciência gratuita da minha parte. O que não quer dizer que não tenha havido outros, novos e intrínsecos à segunda gestação. A maior questão é sem dúvida com relação ao sexo do bebê. Senti-me cansada e intrigada com a torcida praticamente unânime pra que fosse uma menina só porque eu já tinha um menino. Eu não consigo entender essa importância toda dada ao sexo da criança. Perturba-me pensar que o bebê ainda no ventre da mãe carrega em seus ombros um monte de expectativas da sociedade e que boa parte destas são ditadas por um simples cromossomo. A maior parte do tempo, eu simplesmente nem pensava no sexo que essa criança teria (embora não possa deixar de mencionar que na primeira gravidez eu morri de ansiedade pra ter essa informação). Nessas últimas semanas, porém, ac

Diário de gravidez II - das diferenças

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Foto por Elias Eu perdi as contas de com quantas semanas de gravidez eu estava. E sempre que alguém me perguntava eu dava um valor aproximado. Mas hoje de manhã resolvi procurar o documento da ultrassom pra refazer os cálculos e me surpreendi ao ver que estou com quase 20 semanas de gestação. A surpresa foi ainda maior ao ir ler pra relembrar em que estágio exato o bebê provavelmente está e perceber que ele deve estar com " cerca de 17 centímetros, do alto da cabeça até o bumbum, sem contar as pernas, que costumam ficar bem flexionadas".  Que grandão! Ah, então é por isso que ando tão cansada e sinto o estômago sempre pressionado. Tá explicado. É mesmo... tô grávida! Lembro que quando estava grávida de Elias eu lia praticamente todos os dias sobre o desenvolvimento do bebê e sabia falar com precisão a idade gestacional "19 semanas e 4 dias". Lembro que tinha a impressão de estar com a barriga gigante e tirava fotos quase todos os dias, além de me pesar dua

Nova vida

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Hoje de manhã o Facebook me lembrou que há exatamente 5 anos eu estava partindo sozinha pra Polônia pra um estágio. Lembro-me da aventura, da liberdade, das cervejas e vodkas polonesas (apreciadas com moderação), das pessoas legais que conheci. Que maravilha, que tempo feliz, que tempo bem vivido! Marcou uma época que deixa saudade, mas não melancolia.  Eu tenho a impressão que a cada ano minha vida muda bastante. A cada ano, uma nova fase e isso sempre me motivou e acredito com convicção que esse é um dos motores do nosso casamento. E sem dúvida uma das mudanças mais radicais e permanentes na minha vida foi a chegada de Elias. Lembro de como demoramos pra nos acostumar completamente com a presença dele nas nossas vidas. Nos primeiros meses, vez ou outra, eu e Bernardo nos olhávamos e dizíamos "Nossa, tem um terceiro ser na nossa casa. Uma pessoinha crescendo." Elias não é mais novidade. Ele já conquistou seu espaço, já é menos nosso filhote e se impõe como uma pessoa c

Elias e o mar

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Os dias em Recife foram intensos e passaram muito rápido. Elias viveu muitas novidades. Mas a principal pra mim foi a primeira vez dele na praia. Bom, não foi bem A primeira vez, pois antes de virmos pra São Paulo eu o levei à praia duas vezes. Ele tinha apenas 9 meses e na época não gostava nem de areia. Lembro que foi muito frustrante, que ele só fazia chorar. Ficamos uns 20 minutos. Talvez menos. O tempo passa de maneira diferente pra quem tem uma criança berrando no juízo. Mas dessa vez foi diferente. E muito. Claro que não sem emoção.  Decidimos ir à praia no sábado do feriado da Páscoa. Combinamos de passar na casa de Rebeca e Rafa pra buscá-los às 6 da manhã e ao chegarmos tivemos que esperar 20 minutos pela moça. (Amiga, nesse dia eu quase fiquei com raiva de tu =*). Depois, pé na estrada, com Cássia no volante e... muita chuva. Gente, foi chuva demais, céu cheio de nuvens carregadas, estrada alagando. Pensamos váaarias vezes em voltar. Quase voltamos mesmo. Mas fomos na

Elias voa

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São 4 horas da manhã quando começo a escrever esse texto em Recife. Sinto muito sono, mas não consigo dormir. Como eu entendo Elias... Ele estava tão feliz, tão entusiasmado com tudo que não queria dormir de jeito nenhum. Chegou na casa do avô como quem chega pra mais um fim de semana; estava em casa. Imagino que o apartamento tenha evocado boas sensações de boas lembranças profundamente enraigadas em seu subconsciente, criadas nos seus primeiros 10 meses de vida em cada sábado que passou aqui. Ele só dormiu às 2 da manhã, abraçado com o carro que ganhou do avô. Até Spyke, o cachorro da família, cansou antes dele. Quem conhece esse Yorkshire ávido por carinho e brincadeira sabe a amplitude desse fato.  Voltando um pouco no tempo... Comecei a arrumar minha mala às 14h, sabendo que teríamos de sair de casa às 15h15. Oi, você pessoa organizada, precavida, que faz tudo adiantado, pode me achar louca. Mas um ponto a meu favor: pensei em lavar as roupas com bastante antecedência, ass

Próxima viagem marcada!

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Amigos e família de Recife, eu e meu companheirinho de aventuras estamos chegando. Essa viagem é questão de necessidade afetiva. 1 ano e meio sem ver pessoas muito queridas. Vai ser uma viagem curta demais pra quem tem tanta gente pra abraçar. Mas eu sou craque em organizar viagens desse tipo. As duas vezes em que estive em Clermont me ensinaram que planejar é crucial em viagens curtas. Minha agenda já está toda lotada. Não com lugares pra visitar, mas pessoas pra ver. Tudo organizado pra aproveitar cada minuto e rentabilizar essa viagem. Gente, como é caro! Mas já prevejo frustração em não ver todos que gostaria. Chego dia 22 de março e parto dia 31. Vou estar a maior parte do tempo na casa do meu pai, então não posso convidar ninguém. Mas quem quiser nos ver... aceitamos convites. Principalmente durante a semana. O feriado da Páscoa já tá reservado :D 

Bate-volta em Atibaia - primeira viagem do ano

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Em 2015 (morando em Jundiaí) nossas viagens se limitaram a visitar a família em Sorocaba. Era sempre muito agradável, mas bem limitado. E a sede de conhecer lugares novos foi-se acumulando. Em mais de um ano, houve apenas três exceções, mas isso vai ficar pra posts específicos e posteriores. Em breve? Veremos. No momento estou a fim de contar a primeira viagenzinha de 2016, ano que já se anuncia diferente e (espero) melhor. Não que 2015 tenha sido ruim. Mas é que... "Navegar é preciso". E foi em meio a essa sede por viagem e necessidade de dar um break que nosso grande e velho amigo Thierry Meylan esteve com sua esposa no interior de São Paulo. Esse garoto tem mesmo o dom de fazer a gente se mexer. Quem lembra de quando atravessamos a França de bicicleta no inverno pra ir visitá-lo na Suíça? É sempre uma excelente combinação: viajar e rever amigos queridos.  Dessa vez fizemos um percurso menor e de carro. Foi um bate-volta de um dia. Uma viagenzinha tranquila e agradá

Oi, 2016

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Duas postagens em 2015! Definitivamente 2015 não foi meu ano blogueira. Pensando nas razões, chego a dois culpados: falta de tempo e whatsapp.  Eu ia dizer que esse foi um dos anos mais produtivos da minha vida, mas acho que correria um grande risco de ser injusta com os demais, sempre tão intensos, cheios, bem vividos. Mas sem dúvidas, o ano foi da Eloqua. Admito que foi um ano de poucas viagens e pouca coisa pra dizer por aqui. Mas o ritmo com os SOUSA não mudou muito: muitas ideias mirabolantes e um pouco de vida-boa.  O segundo culpado foi mesmo o tal grupo da família no whatsapp. Como a natureza desse blog era compartilhar nossos bons momentos com a família e amigos, ele se viu obsoleto diante da praticidade de enviar um vídeo rápido, não editado, em tempo real. Ganhamos tempo e ainda nos sentimos mais próximos. Mas faltou a tal literatura. Tenho consciência de que ela nunca foi a estrela principal desse blog, mas gosto de pensar que ela estava ali, mesmo que como coadjuva