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Mostrando postagens de 2010

Estratégia

Méditerranée é um formidável jogo de estratégia. Quando estávamos na Suíça há alguns meses, na casa de Jonathan MEYLAN, nosso caríssimo amigo que nos iniciou a Linux, nós jogamos nossa primeira partida desse jogo de comércio e conquista. A primeira batalha da partida foi um ousado desafio de Érica, grávida a essa época, contra seu marido. A competição nesse jogo é tão aguçada que os cônjuges são os primeiros alvos. Depois desses dias inesquecíveis na Suíça, nós voltamos para a França falando desse jogo. Há algumas semanas, Éric, um dos pastores da nossa igreja, nos deu essa caixa mágica, comprada de segunda mão, objeto raro, item de colecionador, num Natal antecipado. Na noite do presente, nós não tivemos tempo para uma partida, mas poucos dias passaram antes que as primeiras galeras se lançassem ao mar em busca de aventuras nos nossos 27 m². O vídeo abaixo dá alguns indícios das emoções vividas durante uma partida de Méditerranée . Ele foi gravado ontem, na casa de nossos amigos indi

Relacionamento

Rubem Alves Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: há os casamentos do tipo Tênis e há os casamentos do tipo Frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam mal. Os casamentos do tipo Frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: 'Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice?'" Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar. Sherezade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, e terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no fi

Feliz Natal!

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Nosso Natal esse ano começou cedo... Dia 12 começamos as comemorações na igreja. Cada um trouxe o seu presente para Jesus. Alguns cantaram, outros dançaram. Os jovens esbanjaram talento numa peça de teatro. Um belo coral com as crianças me fez lembrar o coro dos anjos. No fim de tudo, muita fraternidade em torno de uma mesa bem garnida de doces e amigos. Uma amiga me ensinou a fazer um bolo francês típico do Natal, se chama " bûche de Noël ". No dia 14, festejamos o Natal com dois casais amigos nossos. Lareira acesa. Crianças ora brincando no tapete ora duelando pra ver quem sentaria no colo de Bernardo. Culinária francesa de primeira. Até presentes! Ganhamos um jogo de tabuleiro. Domingo, dia 19, fomos pra casa de uma amiga, onde almoçamos com ela e seu noivo. Um prato típico da Reunião . Hoje é dia 24. Estamos em casa. Natal a dois por opção. Amanhã, almoço com dois casais amigos da igreja. Deus é bom! O desejo é que o Natal dure o ano todo. Digo, o essencial do Natal. Jesu

Vigília

Ele me ilude. Finge perdoar minha traição. Se aproxima, me faz um carinho. Um bocejo parece selar a aliança. Em seguida ele parte, o orgulho ferido, dizendo: "Por que não me procurou mais cedo?" A luz continua acesa. Vigília. Eu só queria dormir, mas o sono tá de mal de mim. 

Luge en Suisse 2008

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Machado de Assis

Poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, crítico literário. Pai do realismo brasileiro, fundador da Academia Brasileira de Letras. Bruxo do Cosme Velho para Drummond. Cupido para dois amantes da sua prosa irônica e aguda.  Desconhecíamos sua poesia. Imaginem a nossa surpresa ao esbarramos nessas linhas?  Livros e flores Teus olhos são meus livros. Que livro há aí melhor, Em que melhor se leia A página do amor? Flores me são teus lábios. Onde há mais bela flor, Em que melhor se beba O bálsamo do amor? Irônico...

Primeiro "encontro"

Aula de redação. Inútil e tediosa. Ele está sentado na carteira vizinha, ambos na primeira fila. A proximidade do professor não foi o bastante para intimidar Pedro. Foi assim que ele iniciou nosso primeiro diálogo.  "Pedro - Lá fora, as meninas estão conversando em voz alta. Sabe por que eu não posso me juntar a elas? Porque eu já saí do anonimato nessa aula. Se fosse Kenji, eu já estaria lá. Antes, o professor nem sabia meu nome; agora sabe o sobrenome, a escola literária preferida e que vou fazer letras. Lutei por ser notado. Involuntariamente, é verdade. Agora tenho saudade dos primeiros dias. E toda sua liberdade. Cecília – Essa aula faz doer teu coração também? Pedro – Não. A aula é enfadonha. O coração é só um músculo que bombeia sangue. Cecília – Chato 2 . Me admira você, um amante da literatura, um cara sensível e observador não entender uma metáfora tão simples. Pedro – Que comentário destruidor. Eu poderia cair morto depois de um tiro como esse. Você é sem-dó². Pô, eu

Flores e livros

Agora ganhou comunidade no orkut e no facebook. Se você nos visitou e gostou do que leu, não hesite a deixar seu recado, se inscrever para "seguir" o blog e/ou se inscrever nas comunidades: http://www.orkut.com/Main#Community?cmm=108946399 http://www.facebook.com/home.php?sk=group_112209132183367&ap=1 Boa leitura! P.S. "Escrever é lançar uma pedra no poço fundo." (Clarice Lispector)

Primeiro beijo

Eu lembro a primeira vez em que percorri aqueles lábios. Tímidos, contraídos, pálidos. Ela ainda era uma menina e não sabia. Estava em seu quarto-refúgio. Cor-de-rosa. Um urso deitado na cama. Alguns livros sobre a mesa. Porta fechada. Tocou-me delicadamente. Eu permaneci imóvel, entre suas mãos pequeninas. Ela colocou-se em frente do espelho. Sorriu de um ar sapeca. E com certa hesitação, abriu bem os olhos, esticou os lábios e me fez um carinho. Lábio superior, lábio inferior. Percorri um a um, deixando minha marca. Um colorido rosa choque naquele rosto de boneca.

Flores e água

Se concordarmos que beleza é uma grandeza circunstancial, logo, concluimos que não se pode esperar que estas linhas vislumbrem o tema o bastante para chegarmos a uma conclusão definitiva. Sejamos módicos. Uma flor é coisa frágil, às vezes cheirosa, leve e tem sua imagem vinculada a pessoas enamoradas. Água é transparente, maleável e abundante. Três adjetivos que, quando juntos, conferem imagens lindas. Imagine, por exemplo, um riachinho. Não um rio enorme, que arrasta qualquer um que tentar acariciá-lo, mas um riachinho, pequeno, agitado, jovial, fazendo um barulhinho contínuo e doce, refletindo parte da luz do sol, deixando entrar e sair o resto dela, que ilumina pedrinhas redondas no fundo. A imagen é, inegavelmente, linda. Agora, olhe para uma rosa amarela. A luz do sol, a mesma que brinca com o riacho, é ainda mais dourada nas pétalas da rosa. O amarelo do sol soma forças com o da flor. São aliados. Os espinhos carregam o mesmo gênero de beleza que deslumbra quem está diante de uma

Fica frio!

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Sorvete, sorvete, sorvete! Traga a vasilha!

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"Jovem, aproveite a sua mocidade" Eclesiastes 11:9

Primavera. Mamãe Árvore, após um longo inverno de gestação, deu enfim à luz as primeiras folhas da estação. Bem alimentadas com a seiva vinda de longe, bem iluminadas e aquecidas pelo fiel sol de abril, as folhinhas cresceram saudáveis e numerosas. Elas sorriam verdes e satisfeitas, cantando e dançando com seu melhor amigo, Vento. Mamãe Árvore, sempre hospitaleira, recebeu as primeiras visitas. Uma delas, um certo Pássaro, de plumas negras e amarelas, se instalou definitivamente e fez de Árvore seu ninho. As folhinhas ficaram todas entusiasmadas com aquele ser. Belo, imponente, independente e - livre... Mamãe, eu queria ser como Pássaro! - disse Folha, a primogênita. - Por que, filha ? - Eu queria voar. Ir pra longe, conhecer novas terras. - Sinto muito, mas isso é impossível pra você. - Quer dizer que eu estou fadada a passar a minha vida inteira presa a você? Isso não é justo! Mamãe Árvore, vislumbrando o momento em que suas filhas, uma a uma, partiriam, calou-se. O silêncio pesado

Maná

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Após um ano de trabalho na Pizza Hut de Clermont-Ferrand e para comemorar o fim da licenciatura, decidimos fazer uma grande viagem de férias. Dia 12 de julho partimos de trêm para Lyon. Onde passeamos durante a tarde enquanto esperávamos a hora do ônibus que nos levaria após 11 horas de estrada à Nuremberg, na Alemanha. De lá, após uma volta na cidade, seguimos para Leipzig, onde passamos uma agradabilíssima semana com nossa amiga Christiane e seu esposo. Na madrugada do dia 19 estávamos num banquinho em Zurique, esperando o trem que nos levaria a Tramelan , onde passamos duas semanas. Após três semanas de puras férias, chegou a hora de ir para a Alsácia trabalhar na colheita de frutas durante um mês. Eis o nosso itinerário: Como Deus alimentou os israelitas dia após dia no deserto, Ele nos alimenta segundo nossas necessidades. Nesse último verão nós fomos colhendo e saboreando uma a uma as bênçãos do Senhor. E elas foram numerosas. Por isso nomeamos essa viagem de "Maná".

"Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR" (Lamentações 3:26)

Eu queria ser aquela árvore que viu suas folhas cair e não chorou. Aquela árvore que o frio do inverno não abalou. Suas raízes fortes e nodulosas longe vão buscar o alimento que sustentará cada um de seus galhos. Seu tronco robusto resiste às intempéries. Essa árvore sabe viver. Ela aceitou o ninho vazio. O silêncio do inverno. E vestiu com majestade o manto branco de dezembro. Meses depois, ela viu resignada o boneco de neve partir. Na primavera, ela acolheu o filho pródigo. Deu sombra ao homem solitário. Fruto ao moleque acinzentado. Sua flor ornou os cabelos da moça. O esquilo fez dela seu refúgio. A árvore aceitou com um sorriso nos galhos, com a consciência de que nada daquilo era definitivo. De onde ela tira a sua força? Como ela aprendeu quem ela é e o seu papel no sistema? Como ela aprendeu a aceitar com tanta doçura o seu destino? Com quem ela aprendeu a dar sem esperar algo em troca? Comovo-me. Eu queria ser aquela árvore que soube esperar. Os pés firmes ao chão. Os braços se

Aborto

Tem poesia nascendo e morrendo dentro de mim.

Guten Tag!

Reparem no mapa ao lado... Estamos na Alemanha! Estamos colecionando histórias para compartilhar com vocês. E em dois dias já temos um monte. Em breve crônicas e muitas fotos, afinal esse é um blog de viagens ;) Tchuss!

Pudor

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Duas menininhas de 5 anos brincam no jardim. Flores. Bonecas. Nuvens. Vestidos. Brincam e transpiram sob o sol. - Você está com calor? - Estou! - Eu estou com tanto calor que chega dá vontade de tirar o vestido... - Não pode! Você vai mostrar seus seios!

Vou perguntar pra Freud

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Não entendo o que anda contecendo, mas as crianças andam me perseguindo com perguntas difíceis sobre "o que" eu sou. Outro dia, num banheiro público, encontro mãe e filha à beira da pia se preparando para lavar as mãos. Vendo que eu estava com pressa e sabendo que eu seria com certeza mais rápida que as duas, a mulher disse que eu poderia passar primeiro. A menina, que devia ter uns 6 anos cheios de curiosidade e nenhuma hipocrisia, me lançou um olhar inquisidor e perguntou: - Você é uma jovem mamãe? - Não. - Respondo com um sorriso nos lábios. - Você é uma criança? - Não. - O sorriso cada vez maior, mas ainda monossilábica de surpresa. Silêncio. Os olhos da menina pousados em mim, sobrancelhas franzidas. Lavei-me as mãos. O que dizer? Antes de sair, disse rapidamente: - Sou adulta, tenho 22 anos. Tchau! Não entendo. Umas acham que tenho a idade da mãe delas, outras, a idade da irmã. Em alguns segundos vou de jovem mamãe pra criança, sob o olhar de uma desconhecida no ba

O impasse continua

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Domingo dia 27 de junho a igreja fez um culto numa casa de campo. As crianças tiveram o estimado momento do club écolo, do qual sou uma das respons á veis. Enquanto os adultos louvavam o Senhor ao ar livre, com uma linda vista para a montanha do Sancy, as crianças O adoravam com toda sua ingenuidade e pureza através de um passeio na floresta. Aline é uma mocinha de 4 aninhos, muitas palavras e pouca resistência a caminhadas. Eu ent ã o fui a privilegiada que a carregou nas costas. Assim que coloco a pequena nas costas ela exclama: -Wow, como você é pequena! Você é uma criança? - N ã o, Aline, eu sou uma adulta. - Respondi segurando o riso de surpresa e indignaç ã o. Quando eu me apresento, dou um jeito de mostrar a aliança na m ã o esquerda, passo a m ã o no rosto, repouso-a no queixo. Sempre d á certo! Ninguém mais acha que tenho 17 anos. Na verdade ficam surpresos ao saber que "s ó " tenho 22 e "j á " sou casada. Mas a pequena Aline n ã o foi perspicaz o b

Quantos anos Cecília tem?

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Algumas manh ã s saio de casa cedo de bicicleta pra encontrar duas adoráveis menininhas e arrumá-las para a escola. Lise tem 8 anos e Anaïs tem 5. Um dia desses pergunto quantos anos elas acham que eu tenho. Anaïs é a primeira a responder, sem hesitar : - 32!! Lise, a mais velha, vai logo dizendo que a irm ã está errada ; faz cara de menina sabida, pensa um pouco... - Humm... você deve ter... 34!! - Vocês passaram longe, meninas, s ó tenho 22 aninhos. E Anaïs responde com surpresa e espontaneidade: - Sério? Nem sabia que essa idade existia! - É s ó contar, né, Anaïs!! - replica a irm ã mais velha sem piedade.
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Aqui estão as tão esperadas fotos da nossa lua-de-mel. Nós passamos 5 dias em lindas praias pernambucanas logo depois do casamento em agosto de 2008, e logo em seguida, seguimos curso para a França esquecendo uma boa parte das fotos no Brasil, com a família. Mais de vinte meses depois, com a visita dos pais de Cecília, recebemos num pendrive pouco mais de 500 fotos daqueles cinco dias. Aqui está nosso seleção. De Lua de Mel De Lua de Mel De Lua de Mel De Lua de Mel De Lua de Mel De Lua de Mel

Boas notícias

Depois de muitos testes realizados pelas companhias aéreas (que perdiam 50 milhões de euros por dia com os aviões no chão), o governo francês liberou o espaço aéreo da França, já que os testes indicam que a concentração de cinzas na atmosfera não é forte o bastante para danificar os aviões. Os pais de Cecília decolam amanhã às 10 h 30 e chegam em Recife meia noite e quinze, horários locais, depois de uma escala em São Paulo. Obrigados pelas orações. Deus ouviu tudo.

Atraso da chegada dos pais de Cecília ao Brasil

Um vulcão entrou em erupção na Islândia, encheu os céus do norte da Europa de cinzas compostas de partículas de vidro, areia, e sei lá mais o que, o que torna o tráfego aéreo impossível. Os aviões estão paralisados. O governo cancelou todos os vôos, e a companhia aérea só fez garantir que Auricéia e Cabral serão reembolsados ou colocados em outro vôo. Eles só não disseram ainda qual vôo, nem quando ele parte. Nem nada além disso... Estamos todos preocupados. Menos Cecília, que vai passar mais alguns dias com a mamãe. Vamos orar pela situação.

Aula de F.L.E

Francês língua estrangeira. F.L.E. É isso o que estudamos na faculdade. O curso forma professores de francês para estrangeiros. Temos um exercício pra fazer e gostaria que vocês nos ajudassem. Rápido, pois é pra amanhã à tarde :D Precisamos dizer 10 coisas boas do Brasil. Peço a cada um a escrever sua lista nos comentários para me ajudar a preparar a minha, s'il vous plaît ... Escreverei em breve, no momento ando muito ocupada. Beijo!

Igreja

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De Igreja Hoje foi dia de assembléia geral na pequena igreja batista de Clermont-Ferrand. Entre outras coisas, nós votamos por alguns projetos a longo prazo. Um missionário no sul da região, um seminarista em Barcelona, um novo templo, um projeto missionário educativo. Eu votei OUI para tudo. E eu fui votado também. A igreja me escolheu para entrar no seu conselho. Que Deus me ajude...

Los Hermanos não é Ana Júlia

Estive revisitando músicas legais de quando eu vivia no Brasil e decidi relançar esse videozinho que eu fiz pra Cecília, ainda no tempo em que eu usava Windows. A trilha sonora é pra lembrar que Los Hermanos não se limita a "Ana Júlia" :P

Nigéria: 500 crentes mortos em 3 horas

Na noite da segunda feira, 8 de março de 2010, na região central da Nigéria, mais de 500 cristãos foram massacrados los vilarejos de Dogo Nahawa, Zot e Rastat. Segundo o presidente da Aliança Cristã da região, Andersen Bok, uma multidão chegou gritando "Allah Akbar" para queimas as casas e matar todo mundo, inclusive mulheres e crianças. Os cristãos chamaram o exército algeriano que só chegou quando os muçulmanos já tinham partido. Vamos orar pelos nossos irmãos nigerianos.

Tudo é relativo, já dizia Einsten

O casal recebe um amigo em casa para o jantar. Bem alimentados. Amigo interessante. Casal feliz. Conversa agradável, que em determinado momento se envereda por trilhas filosóficas do tema beleza, atingindo um caminho, um atalho mais precisamente, com uma dimensão toda pragmática e direta: A - Qual a garota mais bonita da igreja pra você, Amigo? B - Mas amor, isso é pessoal, é relativo... A - Eu sei, é por isso mesmo que pergunto. Se não fosse relativo, eu não precisaria perguntar. Simplesmente diria a ele quem é a garota mais bonita. B - ! Wow! You got it. Viu, amigo, por que me apaixonei? O amigo simplesmente aproveita a distração do casal, para se desviar e não dar resposta.

Em breve!

Esse fim de semana nos reunimos com um grupo de jovens cristãos numa casa de campo para orar pelos cristãos perseguidos no mundo. Foram dois dias de muitas bênçãos, comunhão fraterna e contato com o Pai. Em breve contaremos mais, colocaremos fotos e vídeos. Aguardem.

O garoto que casou com a mãe

Essa semana encontrei no msn um amigo de infância com quem não falava há muito tempo. Resolvi saber como ele estava, por onde andava, etc. Alguns dos que acompanham esse blog o conhecem e vão estar surpresos ao saber as novidades. - Oi, menino, tudo bem? E então, já casou? - Sim! - E cadê as fotos? Quero ver! :) - Fotos?? Oxe, eu casei com a minha mãe!!!! Pausa. Eu reflito. É bem verdade que ele sempre foi muito apegado à mãe. Por sinal, ela sempre foi a "tia" preferida pelos amigos que compunham nosso grupinho. Perguntei-me "será que isso quer dizer que ele se decepcionou com a namorada e decidiu nunca casar"? "Será que é piada"? Ele sempre foi engraçadinho mesmo... - Hã? Como assim? E então ele me explicou que a noiva dele estava na Espanha e ele no Brasil no momento do casamento. Ele havia encontrado a moça em 2008 durante a viagem de intercâmbio na Alemanha. Eles namoraram, viajaram juntos pra terra da moça, Espanha, pra terra do rapaz, Brasil, até que

"Cada obra pertence ao seu tempo"

Aos 14 anos, na oitava série do colegial, escrevi um texto para uma das matérias da escola. A professora, Andréa Ramos, gostou tanto que me pediu autorização pra trabalhá-lo em sala com a turma. Encheu-me de satisfação e medo. Mas aceitei, com a condição de que ela revelasse a autoria apenas após ouvir os comentários de todos. Foram positivos, ufa... Minha primeira experiência como escritora lida. Um orgulho! Aos 17 anos, mostrei-o pra Pedro e dei minha opinião de quase quase adulta... As utopias da adolescência A adolescência é a hora do tudo ou nada. É a hora de você se conhecer melhor e conhecer o mundo a sua volta também. É a hora de você saber do que gosta ou não, quais são seus princípios e valores, e onde se quer chegar. Depois é hora de ir, com as próprias pernas, traçando o seu caminho. O mundo é hipócrita e injusto, você quer mudá-lo, moldá-lo à sua maneira e não sabe por onde começar. Como fazê-lo? Sua força no é o suficiente para se fazer impor. Desesperado, você grita, ma

Resposta a Selmy Menezes de Sousa

Selmy, irmã caçula de Bernardo possui um blog. Recentemente escreveu sobre a importância de se resgatar a emoção das primeiras vezes. Para ler mais, clique aqui . Estive pensando sobre isso e acredito que seja em busca por essas primeiras emoções que eu estou publicando nossos textos antigos e contando aos poucos aqui a história do nosso namoro. Mas ao mesmo tempo, se ficarmos presos às primeiras emoções, acho que não avançamos. "Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio, nem ama duas vezes a mesma pessoa" ou algo parecido... Pois mudamos. Imagino que seja difícil fazer a manutenção dessa emoção em casamentos de décadas de vida. Não acho também que seja com os olhos voltados pro passado que podemos fazê-lo, senão amaremos o que o outro foi, mas o outro muda sempre. É preciso amar o que ele é no presente. É preciso tentar renovar a emoção de outra maneira. Talvez fazendo um curso juntos, viajando ou saltando de pára-quedas lol... Beijo, cunhada!

O Pólen da Vida

Quando começamos nossa amizade, Pedro e eu, eu não sabia que ele era evangélico. E levamos um certo tempo a tocar nesse assunto, afinal, política e religião não se discute. Não nas primeiras conversas com alguém, à priori . Tínhamos o hábito de mostrar nossos escritos antigos, recentes, escritos diretamente um pro outro ou não. Quando certa vez, no meio de alguns de seus textos, encontramos "O polém da vida"... - Ah, desse você não vai gostar... Disse Pedro. - Deixa eu ler primeiro, depois eu te digo. - Mas... você não vai entender. Ali ele tinha me ofendido! Resignei-me. E decidi não insistir, mas também não ler mais nada aquela noite. Eu estava realmente magoada. Se tem algo que pode me ofender é subestimar minha inteligência. Mas depois deixei pra lá. Vim a ler esse texto meses depois apenas, quando já estávamos namorando e Pedro viu em mim alguém em busca do evangelho. Alguém com sede de conhecer Deus. Bom, antes ele não poderia saber. É verdade que nem todos entendem. Ac

Pra encerrar a série de redações nada parciais de 2005

Tema: « Uma coisa é pôr idéias arranjadas, outra é lidar com um país de pessoas, de carne e sangue, de mil-e-tantas misérias... » A Peste Se planejar fosse o bastante, a felicidade seria uma doença epidêmica, incontrolável e, já há muito tempo, moléstia incurável e fatal de cada cidadão da Terra. Padeceríamos todos da idéia absurda de que não há problema algum no mundo. Primeiro, o infectado faria planos mirabolantes para solver cada dor de cabeça, cada calo, cada beijo não dado, sem fazer nada. Iria pensar no analgésico, em tirar o sapato apertado, em agarrar a moça, mas não moveria um dedo sequer. Ficaria a supor como seria bom ver-se livre dos males. E a conjetura, certa hora, ser-lhe-ia suficiente. Nesse segundo estágio da doença, ele passa a deleitar-se com suas soluções, umas óbvias, como tirar o sapato, outras hipotéticas, como agarrar a moça. Apesar de continuar com o calo doendo e sem o beijo, ele se sente feliz. Suas soluções lhe proporcionam toda a satisfação de que

Ainda na aula de redação...

Tema: « Navegar é preciso; viver não é preciso. » (Fernando Pessoa) Universos Paralelos e Hipotéticos Derivados do Arrependimento Encaramos decisões, desde as mais prosaicas até os mais truncados dilemas. Essa rotina pode significar a existência de milhares de realidades paralelas à nossa, mesmo que imaginárias, onde as coisas são diferentes devido a decisões diferentes. Quanto maior o arrependimento por certa escolha, mais bem definido fica o universo que se cria ao se supor como teria sido se o caminho tomado tivesse sido outro. Não sabemos o que é certo. E, no meio da nossa ignorância, somos forçados pelo destino a decidir. Mesmo quando acertamos, ficamos a pensar se, realmente, acertamos. Não há como ver a realidade paralela derivada daquela escolha. Como saber, então? Contentamo-nos em supor que seria maior ainda a tristeza. Com o passar dos anos, os erros são esquecios. Por mais amargo que seja o gosto de uma escolha errada, ele passa. Esquecer é, portanto, uma dádiva

Arrependimento

A vida é marcada, do começo ao fim, com grandes surpresas. Quando começamos a achar que aprendemos a viver, somos golpeados com certa angústia inesperada, ou com certo arrependimento por coisa que fizemos ou deixamos de fazer. Qual seria a causa do arrependimento maior: não ter ou ter feito? O cético questionará – feito o quê? Não importa; há uma regra universal para a questão. Tudo isso gira em torno do livre arbítrio humano. O poder da escolha foi dado a certa raça imatura, que não sabe o que fazer dele. Ou o que não fazer. Se acreditamos que é errando que se aprende o que é errado e que a vida deve ser vivida através do critério « tentativa e erro », então, nada no mundo será mais doloroso do que não ter feito. Por outro lado, se acharmos que o metabolismo de uma vida é menos conturbado se, na esfera moral, tivermos menos o que digerir, então é melhor ficar quieto. O mais estático possível, para evitar erros. Mesmo se tratando de erros desejados e deliciosos, como um beijo aventur

Brincadeira?

Após reler alguns dos nossos textos à procura de algo pra publicar sábado, reencontrei esse conto que tanto marcou nossa história. O autor é Tchékhov, escritor russo do século XIX. E quem me apresentou essas linhas foi Pedro. Na época estávamos vivendo uma amizade densa, que trazia consigo a semente da paixão na qual mergulharíamos poucos meses depois. Pedro já tinha entendido a situação antes de mim, o interesse nasceu primeiro nele, é verdade. Certa noite, no cursinho, ele me apresenta o papel, escrito a mão. Leio. Não sei se entendo. Através esse conto, Pedro susurrou no meu ouvido, como o narrador fez com Nádia. E como a garota, eu não sabia se vinha do vento ou do amigo a tal voz. A voz de Pedro não me dizia "eu te amo" na época. Ele sempre foi prudente com essa frase; aprendeu com o pai, Jether. Era algo como "posso te amar". Quando eu leio a reação de Nádia, eu me vejo naqueles dias singulares de cursinho, de cartas, filosofia, chocolate e enigmas. E como a

O Mal e o Bem

Eu sabia que Yahoo era do mal! http://www.estadao.com.br/especiais/a-fusao-microsoftyahoo,12115.htm :P

Brincadeira

Um claro dia de inverno... O frio é forte e seco de estalar, e Nádenka, que eu levo pelo braço, fica com os cachos das fontes e o buço no lábio superior orvalhados de prata cintilante. Estamos no cume de um morro alto. Diante dos nossos pés, até a planície, lá embaixo, estende-se um declive escorregadio e brilhante na qual o sol se mira como um espelho. Ao nosso lado está um trenó pequenino, forrado de pano vermelho-vivo. - Deslizemos até embaixo, Nadêjda Petrovna! - imploro eu. - Só uma vez! Garanto-lhe, ficaremos sãos e salvos! Mas Nádenka tem medo. Toda essa extensão, desde as suas pequeninas galochas até o fim da montanha de gelo, se lhe afigura como um terrível abismo de profundidade imensurável. Ela fica tonta e perde o fôlego. Só de olhar lá para baixo, quando eu apenas lhe proponho sentar-se no trenó - que terá então se ela arriscar despenhar-se no precipício? Ela morrerá, enlouquecerá! - Eu lhe suplico! - digo eu. – Não tenha medo! Compreenda, isso é fraqueza, é covardia! Náde